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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Começou há pouco no mundo dos negócios?

Ao criar uma empresa nova, o empresário terá que enfrentar muitos obstáculos cuja origem pode ser externa (recessão, custos financeiros, mudanças nas políticas públicas, inflação, entrada de novos concorrentes, desactualização dos produtos, etc.), mas na maioria dos casos são de carácter interno: falhas de principiante.



É quase sempre mais fácil detectar os problemas a alguém fora da companhia que aos que nela trabalham diariamente. E habitualmente, no caso de novos empresários, enquadram-se numa das seguintes situações.

1) Erros de estratégia

- Má identificação do mercado alvo: não se focar no segmento de mercado apropriado, ou fazê-lo sem ter em conta a respectiva rentabilidade.
- Má gestão das relações com fornecedores e clientes: compreensão deficiente das situações de domínio da parte de fornecedores ou clientes mais importantes.
- Diversificar para uma área não relacionada com o negócio principal: muitas empresas investem os seus lucros em novas áreas de negócio que pouco ou nada têm a ver com a sua actividade inicial. E o desconhecimento das novas actividades leva, por vezes, a perdas importantes.
- Explorar “uma grande ideia” e não uma “oportunidade de negócio”: algumas levam ao desenvolvimento de produtos “brilhantes”… para os quais não encontram clientes.
- Projecto demasiado exigente do ponto de vista financeiro: empresas que investem muito dinheiro e outros recursos num projecto sem avaliar com certeza a sua rentabilidade.
- Falta de planos de contingência: os empresários que não se preocupam em ter respostas a perguntas como “E se o plano principal não resultar como esperamos” reagem com menor agilidade e segurança a crises do que aqueles que tenham previsto diferentes cenários.

2) Erros de Gestão

- Inexperiência e falta da preparação: os gestores devem actualizar os seus conhecimentos e capacidades de acordo com as exigências do crescimento das empresas.
- Poucos conhecimentos financeiros ou gestão dos aspectos financeiros como se se tratasse uma grande empresa: a gestão financeira de uma start up em crescimento vai além do mero registo contabilístico, e deve colocar especial ênfase na Tesouraria.
- Não prever a flutuação dos recursos humanos: se o contabilista fosse a única pessoa que conhecesse “os números” da empresa, que aconteceria se um dia decidisse sair? As possíveis entradas e as saídas de pessoas na empresa devem ser previstas e tratadas com método.



3) Erros de Planeamento Financeiro

- Endividamento excessivo em vez de capitais próprios: se a empresa se financia com fundos alheios em excesso em detrimento de recursos dos accionistas, as consequências de uma crise serão muito mais sérias.
- Falta de previsões financeiras: pela falta de tempo ou de conhecimento, o empresário não faz as previsões financeiras e os acontecimentos podem tornar-se surpresas desagradáveis.
- Deficiente sistema de informação de gestão: um mau controlo dos indicadores económico-financeiros tem como consequência a desorientação dos gestores.
- Má análise dos custos: faltam referências às empresas novas (próprias ou do sector) para avaliar se sua estrutura dos custos é eficiente; frequentemente, a diferença entre custos fixos e variáveis não é compreendida correctamente.

Se é novo nos negócios, com que instrumentos vai enfrentar este grande desafio?

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