
É quase sempre mais fácil detectar os problemas a alguém fora da companhia que aos que nela trabalham diariamente. E habitualmente, no caso de novos empresários, enquadram-se numa das seguintes situações.
1) Erros de estratégia
- Má identificação do mercado alvo: não se focar no segmento de mercado apropriado, ou fazê-lo sem ter em conta a respectiva rentabilidade.
- Má gestão das relações com fornecedores e clientes: compreensão deficiente das situações de domínio da parte de fornecedores ou clientes mais importantes.
- Diversificar para uma área não relacionada com o negócio principal: muitas empresas investem os seus lucros em novas áreas de negócio que pouco ou nada têm a ver com a sua actividade inicial. E o desconhecimento das novas actividades leva, por vezes, a perdas importantes.
- Explorar “uma grande ideia” e não uma “oportunidade de negócio”: algumas levam ao desenvolvimento de produtos “brilhantes”… para os quais não encontram clientes.
- Projecto demasiado exigente do ponto de vista financeiro: empresas que investem muito dinheiro e outros recursos num projecto sem avaliar com certeza a sua rentabilidade.
- Falta de planos de contingência: os empresários que não se preocupam em ter respostas a perguntas como “E se o plano principal não resultar como esperamos” reagem com menor agilidade e segurança a crises do que aqueles que tenham previsto diferentes cenários.
2) Erros de Gestão
- Inexperiência e falta da preparação: os gestores devem actualizar os seus conhecimentos e capacidades de acordo com as exigências do crescimento das empresas.
- Poucos conhecimentos financeiros ou gestão dos aspectos financeiros como se se tratasse uma grande empresa: a gestão financeira de uma start up em crescimento vai além do mero registo contabilístico, e deve colocar especial ênfase na Tesouraria.
- Não prever a flutuação dos recursos humanos: se o contabilista fosse a única pessoa que conhecesse “os números” da empresa, que aconteceria se um dia decidisse sair? As possíveis entradas e as saídas de pessoas na empresa devem ser previstas e tratadas com método.

3) Erros de Planeamento Financeiro
- Endividamento excessivo em vez de capitais próprios: se a empresa se financia com fundos alheios em excesso em detrimento de recursos dos accionistas, as consequências de uma crise serão muito mais sérias.
- Falta de previsões financeiras: pela falta de tempo ou de conhecimento, o empresário não faz as previsões financeiras e os acontecimentos podem tornar-se surpresas desagradáveis.
- Deficiente sistema de informação de gestão: um mau controlo dos indicadores económico-financeiros tem como consequência a desorientação dos gestores.
- Má análise dos custos: faltam referências às empresas novas (próprias ou do sector) para avaliar se sua estrutura dos custos é eficiente; frequentemente, a diferença entre custos fixos e variáveis não é compreendida correctamente.
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